Mercado continuou distribuindo sacolinhas mesmo
com acordo (Foto: Juliana Cardilli/G1)
O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo decidiu nesta
terça-feira (19) não homologar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
que proibia a distribuição de sacolas plásticas no estado, fazendo com
que o acordo deixe de ter validade, segundo o Instituto Sócio-Ambiental
dos Plásticos (Plastivida). Com isso, de acordo com o órgão, os
supermercados terão que voltar a distribuir as embalagens gratuitas para
as compras. O instituto é um dos autores da petição contra a
homologação do TAC. O Ministério Público ainda não se pronunciou
oficialmente sobre o assunto.com acordo (Foto: Juliana Cardilli/G1)
O TAC foi firmado entre o MP, o Procon-SP e a Associação Paulista de Supermercados (Apas), e passou a valer em abril deste ano. Todos os TACs, após serem firmados, são encaminhados para o Conselho Superior do MP que, neste caso, julgou que ele não é válido.
A assessoria de imprensa da Apas informou que a associação ainda não tem nenhum posicionamento sobre o assunto e que não teve acesso à decisão.
O Procon-SP informou que ainda não foi informado oficialmente sobre a decisão.
Acordo
A suspensão da distribuição das sacolinhas descartáveis é discutida desde o ano passado. Em maio de 2011, a Apas firmou acordo com a Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo prevendo a extinção da embalagem nos 1.250 supermercados representados pela Apas - entre eles as principais redes.
A proibição do uso começou em janeiro de 2012. No entanto, os supermercados começaram a cobrar pela venda de sacolas biodegradáveis. O Ministério Público e o Procon intervieram. Foi determinado o fim definitivo da venda das sacolas biodegradáveis - porque também são descartáveis - e um prazo de dois meses para os consumidores se adaptarem. Algumas lojas criaram pontos específicos para retirada dessas caixas, que deverão continuar existindo. O TAC também obrigava os supermercados a venderem, até agosto, um modelo de sacola reutilizável por até R$ 0,59.
Apesar do acordo, muitos supermercados, principalmente em áreas mais periféricas da capital paulista, continuaram distribuindo sacolas plásticas normalmente para seus clientes.
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